28/08/2023 4 min Comunicação Cocal

Cocal, UEPP e Senai realizam 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Oeste Paulista, que reúne centenas de pessoas e abre debate para fomento do biometano na região

 

Foi realizado o 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável do oeste paulista: Biometano e novas oportunidades, que reuniu no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente/SP, mais de 300 participantes, entre eles empresários, comerciantes, agricultores, autoridades, profissionais, universitários e sociedade civil de municípios do Pontal do Paranapanema e dos estados de São Paulo e Paraná, em busca de catalisar discussões produtivas, promover conscientização sobre o potencial do biometano e inspirar ações concretas em direção a um futuro mais sustentável. O evento foi uma iniciativa conjunta da Cocal, UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e região) e Senai Pres. Prudente, com apoio do governo municipal, Deputado Mauro Bragato e entidades prudentinas.

O fórum foi dividido em seis painéis em que foram discutidos métodos de produção do combustível a partir de diferentes fontes de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e urbanos; tecnologias e inovações; oportunidades de mercado; aspectos econômicos e regulatórios; desafios e soluções; e parcerias com empresas do setor energético, governos e organizações não governamentais para impulsionar o crescimento sustentável do setor na região.

Durante a abertura, o presidente da UEPP, Renato Michelis, ressaltou que a ideia do fórum surgiu após uma conversa informal com o deputado estadual Mauro Bragato, e que levou cinco meses para ser organizado. “Esperamos a partir da realização deste fórum,  iniciar uma evolução no desenvolvimento econômico e social de nossa região com  a inovação e ampliação de novas potencialidades produtivas”,  disse.

Em seguida, o diretor superintendente da Cocal, Luiz Scartezini, destacou o conceito que economia circular adotado pela empresa em seus processos para a produção de açúcar, etanol, energia elétrica, biometano, CO2 verde, biofertilizantes, tudo a partir da cana-de-açúcar. “Na Cocal temos a crença do potencial e futuro da cana-de-açúcar. Essa planta consegue transformar a energia que vem do sol em combustível, alimento, energia elétrica e biogás. Há 43 anos a Cocal faz uso da produção dessa cultura, gerando empregos e renda, melhorando a vida das pessoas da região, principalmente, dos nossos mais de 5 mil colaboradores que nos apoiam e fazem com que isso aconteça. A gente acredita na economia circular e acho que Prudente está saindo na frente, está mostrando que, mais do que uma promessa, o biometano já é uma realidade e a Cocal está nessa realidade”, explica.

Painéis 

Para o diretor comercial e de novos produtos da Cocal, André Gustavo Silva, o fórum foi uma excelente oportunidade para mostrar os novos produtos verdes da empresa. “O nosso objetivo é que cada vez mais empresas do oeste paulista sigam nesse caminho da descarbonização, com a troca de combustíveis não sustentáveis pelo nosso biometano. Serão muitas oportunidades e estaremos ao lado dos novos clientes para apoiá-los em todas as fases da transição energética, e assim, permitindo que fortaleçam ainda mais seus respectivos negócios”, comentou.

Gabriel Kropsch, fundador da Associação Brasileira do Biogás (ABIOGÁS), abriu o primeiro painel. Em sua abordagem, ele salientou que, por ser 100% renovável e muito competitivo em termos de eficiência energética, esse tipo de combustível traz redução de custos e emissões. “Muitas empresas se veem na busca pela descarbonização, mas temem pelo alto valor; no caso do biometano há a possibilidade de reduzir emissões e custo operacional com a substituição de fontes fósseis”, frisou.

Um outro ponto destacado foi como as empresas instaladas na região podem adquirir energia elétrica renovável e garantir uma produção sustentável. De acordo com o gerente comercial de energia elétrica da Cocal, Wilson Castro, é possível  agregar nas indústrias da região e grandes consumidores, uma fonte de calor renovável [biometano] e a bioeletricidade, dentre outras.

Por ser um dos movimentos mais comentados da atualidade, o ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) também foi abordado. A gerente sustentabilidade da Copersucar, Beatriz Milliet, informou que as emissões de carbono ocupam lugar de destaque dentro dos pontos ESG das empresas, especialmente no quesito ambiental da sigla. “Além de benéfica ao ambiente, ao optar por fontes renováveis, há uma considerável redução da pegada de carbono do produto, a depender do ramo de atuação, bem como, comportamentos que demonstrem atenção e compromissos ESG são cada vez mais avaliadas e reconhecidas por parceiros de negócios, incluindo clientes e bancos, e pode representar importante diferencial competitivo, especialmente para empresas médias e pequenas”, destacou.